Quarta-Feira
João 14.18a: “Não vou deixá-los abandonados.”
A pintura da Última Ceia é uma das obras mais conhecidas de Leonardo da Vinci. Representa o momento em que Cristo compartilha sua última refeição com os discípulos, estes, apresentados com uma expressão inquieta e gestos dramáticos, em contraste com a de Jesus que mantem uma postura e atitude equilibrada e passiva.
Já o apóstolo João dedica um terço do seu evangelho às últimas vinte e quatro horas da vida de Jesus. Estende a refeição da Páscoa por cinco capítulos (do 13 ao 17) com uma descrição detalhada daquela noite mais angustiante do Salvador. Ao contrário de Da Vinci, João evita os detalhes físicos e exibe o redemoinho das emoções humanas. Mostra um Jesus que agora não ensina mais por parábolas, mas fala sem rodeios sobre os acontecimentos iminentes. É que o mundo está prestes a se desfazer daquele que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo.14.6). E apostando naqueles onze homens fragilizados ali presentes, o Mestre os anima para não ficarem aflitos, prometendo-lhes: “Não vou deixá-los abandonados.”
Esta promessa de Jesus ainda está de pé e assim continuará até o fim dos tempos. Ele entregou-se a morte, mas ressuscitou! Subiu aos céus e enviou o Consolador. E em qualquer tempo, sobretudo, nas crises e em meio aos temporais da vida, o Salvador nos garante o seguinte: “Continuem unidos comigo, e eu continuarei unido com vocês”. Jo.15.4.